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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Mercado do Boi Gordo



Oferta reduzida mantém cotação do boi gordo estável em R$ 98,00 por arroba

Necessidade de reposição dos estoques pode gerar valorizações a curto prazo caso a retenção de animais seja mantida, indica consultoria
Veiculação no CanalRuralBR

Foto: Divulgação-Canal RuralBR

Apesar do cenário positivo para os preços em São Paulo em função das escalas curtas e da retenção de boiadas, o valor de referência para o boi gordo se mantém em R$ 98,00/arroba, à vista. Segundo pesquisa da Scot Consultoria, foram verificados preços de balcão até R$ 4,00/arroba abaixo da referência, mas não são feitos negócios nesses valores. O Cenário é positivo para os preços do boi gordo em São Paulo
No levantamento de terça, dia 19, as programações de abate atendiam entre dois e três dias, na maioria dos casos. Programações um pouco maiores são registradas, mas não são a regra.
No mercado atacadista houve valorização para o dianteiro 1x1 de animais castrados, negociado atualmente em R$ 4,70/kg. A movimentação, de maneira geral, segue lenta, mas com escoamento um pouco melhor das peças de dianteiro.
Os estoques não estão cheios, o que pode gerar valorizações caso a retenção se mantenha. Vale destacar que março tipicamente é o mês com maior oferta de fêmeas para abate, o que pode pressionar as cotações. 
Confira detalhes da cotação no link abaixo:

Clima e Pastagens



Pastagens do Centro Sul do país têm previsão de volumes favoráveis de chuva nos próximos dias

Apenas as regiões de pastagens do Nordeste é que continuam apresentando níveis mais baixos de umidade do solo


Foto: Divulgação/Sxc
No Sul do Brasil, onde as chuvas estavam mais escassas nessas últimas semanas, voltou a chover na semana passada.
O retorno das chuvas em todas as regiões de pecuária do Brasil está contribuindo para a manutenção da umidade do solo e consequentemente para o seu desenvolvimento. Entretanto, no Centro-Oeste e no Sudeste, foi observada nessa semana uma paralisação das chuvas na forma de invernada, segundo a Somar.
De acordo com os meteorologistas, estão ocorrendo apenas pancadas de chuva, o que melhora as condições das pastagens, já que voltam a se elevar as taxas de radiação solar. Com as chuvas, os pastos adquirem maiores teores nutricionais, já que o tempo muito fechado contribui para a redução dos índices de produção de matéria seca.
No Sul do Brasil, onde as chuvas estavam mais escassas nessas últimas semanas, voltou a chover na semana passada, proporcionando, novamente, condições favoráveis ao desenvolvimento dos pastos cultivados e nativos. Assim, a produção de leite se mantém em bons patamares, dentro da normalidade para a época do ano, bem como as taxas de engorda dos animais.
Apenas as regiões de pastagens do Nordeste é que continuam apresentando níveis mais baixos de umidade do solo e, portanto, as condições não são tão favoráveis ao desenvolvimento das pastagens. Contudo, a produção de leite ainda não caiu no mesmo ritmo dos pastos, uma vez que esses ainda apresentam razoáveis condições para o suprimento alimentar dos animais.
Nesta semana, continua chovendo em toda a região Sul do Brasil. No Centro-Oeste e Sudeste, as chuvas devem continuar somente na forma de pancadas. No Nordeste, as previsões são apenas para pancadas de chuvas, só que de menor intensidade e bem mais localizadas, o que manterá as condições ainda não tão favoráveis ao desenvolvimento das pastagens.

Fonte: Canal RuralBR/SOMA - 21/02/13

Canal RURAL é vendido



Controladora da JBS anuncia compra do Canal Rural

Emissora dirigida ao agronegócio pertencia ao grupo RBS.
Valor do negócio não foi divulgado pelas empresas.
Veiculado no Canal G1, em São Paulo em 21/02/13


 Joesley Batista, presidente da J&F, em imagem de 2012 (Foto: Darlan Alvarenga/G1)

A J&F Investimentos, holding que controla a JBS, anuncia nesta quarta-feira (20) a compra do Canal Rural, emissora de televisão especializada no agronegócio que nos últimos 16 anos fez parte do Grupo RBS.
"Com a aquisição deste importante veículo de comunicação, a J&F mantém sua estratégia de investir em empresas com potencial de crescimento, ao mesmo tempo em que estreita sua relação com o agronegócio, já estabelecida por meio de suas empresas", afirmou a J&F, em comunicado.
O valor do negócio não foi informado pelas empresas.
Segundo a J&F, o Canal Rural consolidou-se nos últimos anos como importante meio de comunicação dirigido aos produtores rurais e profissionais do setor. O comunicado afirma que a emissora é o canal com maior alcance e audiência do segmento, com aproximadamente 110 milhões de telespectadores potenciais, e pioneiro e líder na transmissão de leilões, cobrindo mais de 400 eventos por ano em todas as regiões do país.
Segundo reportagem publicada nesta quarta-feira no site do Canal Rural, a empresa atingiu em 2012 um faturamento de R$ 50 milhões. A programação do Canal Rural é transmitida pela Net, Sky, Claro TV, antena parabólica e pela internet, no site da emisssora.
“Estamos extremamente satisfeitos com essa aquisição. Sem dúvida, o Canal Rural é o melhor ativo do setor e irá agregar muito para o nosso grupo, que já tem uma importante atuação no agronegócio brasileiro”, afirmou, em comunicado, Joesley Batista, presidente da J&F.
Segundo o Grupo RBS, o contrato foi assinado nesta quarta-feira, em São Paulo. "Com esse movimento, o Grupo RBS atuará alinhado ao seu projeto estratégico, que tem como focos de investimento e expansão os veículos de comunicação no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina e, nacionalmente, os negócios digitais e a educação executiva", afirmou o grupo.
“A oferta da J&F, reconhecida pela visão de longo prazo para o desenvolvimento do meio rural, veio ao encontro dos objetivos de ambos os grupos”, destacou Eduardo Sirotsky Melzer, presidente executivo da RBS, no comunicado divulgado pela J&F.
Além da processadora de carnes JBS e do Canal Rural, o portifólio da J&F inclui também as empresas Vigor (produtos lácteos), Flora (cosméticos e limpeza), Eldorado (celulose); Banco Original (instituição financeira voltada ao agronegócio), e Oklahoma e Floresta Agropecuária (setor de agronegócios).

Novela Código Florestal - Capítulo 9



Produtores são mobilizados sobre o CAR
Especialista fala sobre o cadastro de reservas legais e de áreas de proteção ambiental

Texto do dia 21/02/13 - Diário da Manhã - Wandell Seixas
O Cadastro Ambiental Rural, mais conhecido pela sigla CAR, está tirando o sono dos produtores rurais brasileiros. E Goiás não fica de fora. O CAR foi criado com a implantação do Código Florestal, que prevê o cadastramento das reservas legais e de áreas de proteção ambiental das propriedades rurais no País. Em Goiânia, a Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA) convidou uma das autoridades do assunto no Estado, Marcelo Lessa. Da Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), o especialista falou nesta terça-feira (19) aos convidados da SGPA sobre a entrada em vigor do novo Cadastro Ambiental Rural.
A idéia da instituição, segundo o presidente Ricardo Yano, é que recursos humanos sejam instruídos para melhor orientar os associados e demais produtores em Goiânia. A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) propõe estender o tema complexo aos seus 120 sindicatos rurais.
A Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) abriu, nessa semana, o curso de capacitação para o Cadastro Ambiental Rural para 200 técnicos que vão trabalhar na área. O curso vai ocorrer na sede do Senar, em Goiânia. São seis turmas divididas em três dias de trabalho. Vale lembrar que toda propriedade rural e mesmo os novos loteamentos urbanos deverão estar cadastrados no CAR.
PARTE PRÁTICA
A parte prática do novo Código foi apresentada por Marcelo Lessa no auditório Iron Gomes, na sede da SGPA, no Parque Agropecuário. O palestrante disse que após aderir ao programa e garantir seus benefícios, o agropecuarista precisa fazer o CAR de sua propriedade ou posse. O primeiro passo: criar uma senha de acesso ao CAR no campo “Criar Senha”. 
A partir do Cadastro Técnico Federal, os produtores poderão utilizar da senha para os Serviços Online do Ibama. Na sequência, devem fazer o preenchimento dos dados do campo “Acessar o CAR”, onde o produtor terá acesso ao Formulário para o preenchimento de dados e informações de seu imóvel rural.
Marcelo Lessa insiste junto aos produtores para que as declarações sejam “as mais corretas possíveis” para impedir eventuais aplicações de multas. Entende ele que a recomposição da reserva legal é interessante, porque o produtor poderá usar os instrumentos legais, no caso as APP ou Áreas de Preservação Permanente. “Além disso, poderão cultivar espécies exóticas, seringueira, sucupira, entre outras, com propicia vantagens”, argumenta.
Samantha Pineda, advogada do Paraná que subsidiou o Congresso Nacional na elaboração do novo Código Florestal, disse, por sua vez, ao Diário da Manhã que a nova lei trouxe algumas mudanças que incidirão principalmente nos 30% do território brasileiro, que já tiveram sua vegetação suprimida e produzem alimento, fibra, energia e garantem o superávit da balança comercial. Taxativa, Samantha comenta que “nos quase 65% de vegetação nativa que o Brasil possui, as regras continuam praticamente as mesmas estabelecidas na legislação anterior”.
NOVO CÓDIGO
O novo Código tem como objetivo principal proteger o meio ambiente, sem inviabilizar as atividades que estão sendo desenvolvidas e disciplinando a forma de desenvolvê-las de ora em diante. Como instrumento desta organização, foi instituído o Cadastro Ambiental Rural (CAR) que será obrigatório para todas as propriedades rurais do País. Segundo Samanta, o CAR será declaratório, assim como o Imposto de Renda que pode ser feito diretamente pelo contribuinte no site da Receita Federal. O Ministério do Meio Ambiente adquiriu as imagens necessárias e o produtor irá completar o cadastro no site dos órgãos ambientais sobre estas imagens, indicando onde estão suas áreas de preservação permanente e remanescentes que podem ser utilizados como reserva legal.
Para as propriedades acima de quatro módulos fiscais será necessário um mapa, que não precisa ser georreferenciado. No entanto, necessita de memorial descritivo e indicação das coordenadas geográficas com pelo menos um ponto de amarração do perímetro. Para as áreas com menos de quatro módulos fiscais, o procedimento será simplificado sem a necessidade do mapa ou memorial, bastando um croqui.
Os produtores terão o prazo de um ano da implantação do CAR para fazer o cadastro que, uma vez realizado, será a base da informação dos Estados na elaboração dos seus Programas de Regularização Ambiental (PRA). Esses programas deverão ser instituídos por lei por cada um dos Estados da Federação de acordo com as potencialidades e fragilidades locais e formarão o conjunto de regras que servirá de roteiro para as regularizações ambientais necessárias.
Samantha Pineda considera que “é importante destacar que algumas situações poderão causar dúvida, pois não tem sua solução prevista pela nova lei, como, por exemplo, os TACs (Termos de Ajustamento de Conduta) já assinados”. 
A interpretação de alguns juristas é de que o termo tem natureza de contrato e como foi assinado conforme a lei vigente não pode ser revogado ou renegociado. “Porém, entendo que se trata, como o próprio nome diz, de um ajustamento da conduta ilegal a uma lei vigente e que se esta lei não está mais vigente, o termo ainda não cumprido não pode continuar válido. Todos os TACs em andamento, portanto, podem ser revistos”, conclui a advogada de Curitiba.
Treinamento sobre o CAR já começou
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) iniciou na manhã de ontem curso de capacitação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) a gestores ambientais municipais e responsáveis técnicos (RTs) na Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg).  
Segundo o superintendente de Gestão e Proteção Ambiental da Semarh, Marcelo Lessa, Goiás é o primeiro Estado a começar os treinamentos. “Durante os dias 20, 21 e 22 estamos preparando os profissionais da Semarh, mas pretendemos levar as informações também para instituições fora da secretaria”, diz. Ele explica que o CAR é um avanço para o produtor rural por ser tratar de um ato declaratório, além de não ser mais necessária a averbação em cartório da reserva legal. “Tudo vai ficar centralizado no órgão ambiental”, explica. Os dados do CAR serão disponibilizados na internet, com acesso público, e servirão para a elaboração dos Programas de Regularização Ambiental (PRAs). O cadastro terá a finalidade de integrar as informações ambientais de todas as propriedades e posses rurais. Essa grande base de dados servirá para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico, e combate ao desmatamento. Porém, o serviço só poderá ser desempenhado após pronunciamento da ministra de Meio Ambiente, Izabella Mônica Vieira Teixeira, declarando a instituição do CAR no País. 
Este é o primeiro grupo formado por 35 técnicos que participaram do treinamento do CAR, na sede da Faeg. Outras cinco turmas participarão do treinamento durante todo o dia de ontem, hoje e amanhã, dia 22.