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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Sanidade Animal

Controle estratégico de carrapato em Goiás
Fonte: AGRODEFESA (www.agrodefesa.go.gov.br)
 
O clima seco desta época do ano, em Goiás, propicia o período ideal para o controle estratégico do carrapato (Rhipicephalus microplus, antigo Boophilus microplus), que objetiva diminuir significativamente a população do parasita em bovinos da raça européia, mais suscetíveis, e também nos zebuínos, geralmente mais resistentes aos ataques. Os prejuízos com a infestação de carrapatos são altos. Perde-se em produtividade de leite e carne, na qualidade do couro e há risco de morte do animal provocada pela tristeza parasitária bovina, transmitida pela riquetsia (bactéria) do gênero Anaplasma (Anaplasmose) e um protozoário do gênero Babesia (Babesiose) e cujo vetor é o carrapato.

O controle do carrapato se faz por meio da aplicação de carrapaticidas – pulverização ou pour-on, as mais comuns –, que também ajuda a controlar a mosca do chifre e infestações pela larva da mosca do berne. “O controle é relativamente barato se compararmos aos prejuízos causados. É preciso consultar um médico veterinário para se decidir sobre o tratamento mais adequado para combater o parasita”, aconselha Antônio do Amaral Leal, gerente de Sanidade Animal, da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa).
O Laboratório de Análise e Diagnóstico Veterinário (Labvet), da Agrodefesa, coloca à disposição dos pecuaristas o biocarrapaticidograma, um exame clínico que, por meio da reprodução in vitro de carrapatos recolhidos do animal e do pasto, orienta sobre o medicamento mais eficaz para aquela espécie, pois identifica se há resistência a certos princípios ativos. “Infelizmente a demanda é pequena para esta análise”, conta o fiscal estadual agropecuário, Reinaldo Neves Sobrinho, técnico do LabVet.
Ele conta que em 2005, o Governo de Goiás lançou o Projeto de Controle Estratégico do Carrapato, onde a meta era realizar ao menos seis biocarrapaticidogramas por dia, o que não ocorreu. “O exame é apenas um detalhe do controle estratégico do carrapato, é preciso também uma assistência técnica mais arrojada no campo e nem isso o pecuarista tem solicitado”, adiantou. Se o carrapaticida for aplicado de forma errada ou em quantidade insuficiente contribui para o aumento da resistência do carrapato. O biocarrapaticidograma leva, em média, 35 dias para ficar pronto e custa R$20,00, valor que serve para cobrir os custos com os produtos químicos. O pecuarista deve ficar atento ao controle estratégico do carrapato para garantir benefícios ao rebanho.

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